Nos últimos anos, o Sistema de Consórcios vem conquistando cada vez mais espaço no mercado brasileiro. Entre os setores que mais se destacam está o de veículos leves – que inclui automóveis, utilitários e camionetas –, evidenciando uma convergência significativa entre a venda de veículos e a comercialização de cotas de consórcios.
Mas como essas duas modalidades se relacionam? E quais são as implicações dessa similaridade para consumidores e o mercado como um todo?
Crescimento conjunto: veículos leves e consórcios
Segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), entre janeiro e abril de 2023, foram licenciados 503,46 mil veículos leves no Brasil – uma média de 125,87 mil por mês. Curiosamente, no mesmo período, o Sistema de Consórcios registrou a venda de 504,39 mil cotas de consórcios para veículos leves, com uma média mensal de 126,10 mil cotas.
A equivalência desses números chama a atenção, como destaca Luiz Antonio Barbagallo, economista da ABAC:
“Enquanto meio milhão de consumidores concretizava seus sonhos, outro meio milhão dava o primeiro passo para realizá-los.”
Esse fenômeno beneficia não apenas os consumidores, mas também fabricantes, montadoras e concessionárias, que passam a contar com um público crescente e diversificado.
Motocicletas: um cenário similar
O setor de motocicletas segue a mesma tendência. Dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) revelam que, nos primeiros quatro meses do ano, foram comercializadas 477,90 mil motocicletas, enquanto o Sistema de Consórcios vendeu 427,37 mil cotas para o segmento.
Com médias mensais de 119,48 mil motos vendidas e 106,84 mil cotas adquiridas, o economista Barbagallo ressalta:
“Há uma coincidência clara entre aqueles que já realizaram seu sonho e aqueles que estão se preparando para alcançá-lo.”
A evolução nos últimos 10 anos
A análise de longo prazo reforça essa relação. Segundo a ABAC, a coincidência numérica entre a venda de veículos e de cotas no segmento de motocicletas é observada desde 2013. Já no setor de veículos leves, essa similaridade começou a ser notada a partir de 2020.
Esses dados demonstram que o Sistema de Consórcios não apenas acompanha o mercado de veículos, mas também se consolida como uma alternativa de planejamento financeiro.
Impacto econômico e social do Sistema de Consórcios
Além de realizar sonhos, o consórcio desempenha um papel fundamental na economia brasileira. Como destaca Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC:
“Depois de décadas de existência, as análises mais recentes reforçam a convicção da contribuição do Sistema de Consórcios para o desenvolvimento da economia do país.”
Esse impacto se reflete na geração de empregos em indústrias, comércio e serviços, bem como na possibilidade de investimento e geração de renda para pessoas físicas e jurídicas. O consórcio não é apenas uma ferramenta de aquisição – é um motor de desenvolvimento econômico e social.
Seja na compra imediata ou no planejamento a longo prazo, a similaridade entre a venda de veículos e a comercialização de cotas de consórcio destaca o potencial dessa modalidade. Para consumidores, empresas e o mercado como um todo, o consórcio é mais do que uma alternativa de compra – é uma estratégia para transformar sonhos em realidade.
Fontes: ABAC, Anfavea, Fenabrave, Abraciclo.